RESUMO
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a capacidade de liberação e "recarregamento" de flúor de dois cimentos de ionômero de vidro utilizados na técnica de restauração atraumática (Fuji IX e Ketac Molar) e compará-los com um cimento de ionômero de vidro convencional (Chelon Fil). Para cada material, foram preparados 3 corpos de prova com área de 1,64 cm². Os espécimes foram imersos em 3 ml de água deionizada a 37ºC. A análise foi realizada utilizando-se um eletrodo específico para íons flúor após, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 14, 21 e 28 dias. No 30º dia, os espécimes receberam a aplicação de um gel de NaF a 2 por cento por 4 minutos, sendo realizada nova análise após 1, 2 e 3 dias, a fim de se avaliar a capacidade de "recarregamento" de flúor dos materiais. Os resultados obtido foram analisados estatisticamente aplicando-se o teste ANOVA. Observou-se que todos os materiais liberaram quantidades significantes de flúor, com uma liberação inicial acentuada nos primeiros dias que tendeu a uma estabilização nos dias seguintes. O Chelon Fil liberou significativamente mais flúor que o Fuji IX e o Ketac Molar nos dias 1 e 2, sendo que estes dois não foram estatisticamente diferentes entre si. Apenas no 1º dia após o "recarregamento" houve aumento da liberação de flúor pelos materiais testados, sendo significante somente a diferença entre o Chelon Fil e o Fuji IX, maior para o Chelon Fil somente no 1º dia
